2.
Jardim de suplícios
E de um mar de plantas
Cravejadas de espinhos
Tenho sempre uma mão cheia
De areia
Que escorrega por entre os dedos
O tempo que me lateja
Na fronte
E a vida que cavalgo
Sem ter aprendido
Como se faz
Caio e levanto-me
Vezes sem fim
Já sem força
Caminho
Devagar
E lembro-me de tudo
Daqueles dias de carinhos
E de nós
Encerrados
Sós
Naquele jardim
Cobertos pela seiva
Das plantas
Maltratadas
Foram dias quentes
Que já não quero recordar
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