segunda-feira, 6 de outubro de 2008

o mar não é azul





Para duas amigas muito especiais,
a Andreia Ramos e a Inmaculada Gomez. Obrigado.



As coisas e as pessoas são diferentes daquilo que julgamos. Há diferentes subjectividades (uma por cada pessoa) e há aquela dicotomia de Husserl – a coisa-em-si e a coisa-para-nós. Há ainda, segundo aquele autor, a subjectividade transcendental, que não é, senão, consciência pura, exterior ao mundo, mas não alheia a ele. O céu e o mar não são azuis. As ondas são verde violento e as nuvens cor de chumbo vil e triste. Os homens sobrevivem agarrados ao ódio desde tempos imemoriais. Por tal se tornaram assassinos, aves de rapina dotadas de razão (?!). Uma flor enrolada na violência do vento emana tanta beleza e verdade, tamanho e raro odor e vontade de viver. Que comoção estar perante ela, na sua fragilidade e liberdade, talvez como um animal selvagem acabado de nascer...Que os homens olhem a gigantesca e bela festa da Irracionalidade, das emoções, da amizade, do amor e da fraternidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

É na escrita dedilhada entre linhas que mtos Homens choram as lágrimas que temem mostrar. é no verbo que se ama e se sente como jamais alguém ousara amar. É nesse silêncio da escrita que o sonho cresce e se torna real.
Parabéns Mario, as palavras serão sempre sábios reflexos da nossa alma; do que somos.
vou manter o meu anónimato por algum tempo, mera piada, mas é no sorriso desconfiado que o homem se revê e torna à infância... e volta a sonhar.