sábado, 20 de setembro de 2008

tenebrosos olhares



Nuvens de névoa
Húmida
E translúcida
Montanhas sem cume
À vista
Tenebrosos olhares
Sem fim
O desespero
Que me chama
A todo o segundo
Uma gaja linda
Com os lábios tão vermelhos
Tem uma rosa na mão
Com os espinhos incandescentes
Sangue escorre pelos dedos
As pétalas são da cor do seu sexo
Paisagens de dor sublimes
Passagens secretas
Amantes zangados
Túmulos revolvidos
Cadáveres à solta
E tu simples
Sem amor
Sozinha
Nuvens de névoa húmida
Rastejam do além
Procuram-te
À tua vida
Que julgas
Está no fim
Escondes-te
Encoberta
Num túmulo
Vazio

Ecerto de canto(s) do desespero

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